segunda-feira, 1 de abril de 2013

Hoje é o dia mundial de conscientização do autismo

E por que vou falar disso?
O autismo é uma realidade na minha vida desde 2006, quando minha filha Isabella foi diagnosticada com então 2 anos de idade.
A maioria aqui não sabe direito o que é autismo, e assim como vocês eu também não sabia.
A partir dali tudo seria muito mais perguntas do que respostas. Não sabia o quanto aquilo poderia  comprometer seu desenvolvimento ou onde procurar ajuda. Eram poucos os profissionais que me falavam com clareza sobre isso.
O que muitos não sabem, é que um problema tão desconhecido para muitos, não é tão raro quanto parece.
São 2 milhões de autistas que ao contrário do que muitos pensam é 3 vezes maior do que Síndrome de  Down, por exemplo.
É previsível, afinal o Down está ali nas feições da criança, o autismo não. E por ser muitas vezes confundido por outras síndromes ou até mesmo descartado em casos muito leves faz com que muitas mães não procurem tratamento adequado e precoce, o que é decisivo no prognóstico.
O governo parece não se dar conta do tamanho da necessidade de uma criança com o Espectro, o que não é novidade. Passei dois anos custeando do bolso terapias e tratamentos multidisciplinares até a prefeitura conveniar a instituição que considero adequada, O Centro Pró Autista. Detalhe, a lei me dava esse direito, mas tivemos que aguardar. A mesma batalha agora é para transporte especial, afinal diferente de mim, muitas mães dependem de transporte público. A velha novidade: A causa já está ganha, mas até a van buzinar na porta de sua casa, custarão muitas idas aos órgãos responsáveis. Inacreditavelmente os grandes passos para uma cura estão sendo dados por um neurocientista, quem diria, brasileiro Dr. Alysson Muotri que trabalha incansavelmente no desenvolvimento de uma droga que possivelmente poderá trazer algo muito próximo de uma cura, mas está sendo financiado por ,vejam só, os EUA, afinal jamais encontraria tal suporte aqui no Brasil que mal consegue oferecer o mínimo necessário.
Tudo que foi feito em relação ao autismo no Brasil, seja na divulgação, informação ou até mesmo projetos de lei, foram feitos por meio de ONGs formadas por pais e profissionais.
Hoje temos mais uma vitória. Existe um dia para se falar sobre isso, algo tão complexo que vai além daquilo que vimos em filmes como Rain Man.
Acredito que muita coisa poderia ser diferente se o governo reconhecesse os 2 milhões de autista, números estes que também levantados por auxílio dessas mesmas ONGs. Mas entendo que é algo como “quanto mais filhos você reconhece, mais responsabilidades têm.”
E assim, pais e profissionais engajados entram no mundo dos nossos autistas para mostrar-lhes que mais mundo existe.




sábado, 16 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Atendimento psicológico para os pais

Hoje li mais uma triste notícia de uma mãe que em um quadro claro de depressão põe fim em sua vida e a do seu filho autista de 12 anos. Talvez, a preocupação com o futuro da crianças mais o quadro forte de depressão possa justificar esse ato de absoluto desespero
O fato é que muitas mães, assim como seus filhos autistas devem também ser acompanhadas por especialistas de apoio como psicólogos. O apoio da família também é fundamental.
Muitas mães se sentem sozinhas nesta missão achando que ninguém mais poderá ajudá-la fazendo-as a acreditar que no futuro seu filho ficará sozinho no mundo. Outra verdade é que desde o diagnóstico esse apoio pode evitar que a mãe desenvolva um quadro depressivo muito comum após seu filho ser diagnosticado. A sensação que uma mãe sente ao ter seu filho diagnosticado é de perda. Perdemos o filho normal para ganhar o filho autista. Aceitamos qualquer outra coisa menos o diagnóstico de autismo.
Famílias fiquem atentas, mães também. Procurem ajuda, a maioria das instituições para autistas oferecem também apoio psicológico para os pais. Os pais também tem que participar, a família também pois todos são a base para o futuro da criança. Essa missão é da mãe, mas também da família.
E não tenham receio nenhum em pedir ajuda. Isso só vai melhorar sua qualidade de vida e a do seu filho.

Vejam as instituições que oferecem tratamento, diagnóstico e apoio para pais e familiares:

AMA Associaçãod e Amigos do Autista

(011) 3272-8822


Centro Pró Autista
(011) 5587-3083